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Ferramenta desenvolvida pelo MGI ajudará servidores públicos a avaliar os impactos éticos de projetos de IA no governo

  • Foto do escritor: Secretaria Executiva
    Secretaria Executiva
  • 31 de out.
  • 3 min de leitura

Os servidores públicos responsáveis pela criação ou contratação de soluções de inteligência artificial (IA) agora têm mais um aliado para garantir os efeitos positivos do seu trabalho: o Framework de Autoavaliação de Impacto Ético, cuja versão de teste foi lançada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na Semana da Inovação 2025, ocorrida entre setembro e outubro. Trata-se de uma ferramenta para avaliar riscos e efeitos éticos de um projeto com IA e sugerir alterações antes da adoção da solução tecnológica pela administração pública.


“Esse framework vai ajudar os servidores da área e os órgãos a avaliarem as consequências da adoção de uma solução com IA no serviço público, assegurando que a tecnologia seja aplicada de forma responsável e em benefício da sociedade”, afirmou o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas. “Isso é importante porque é um dos primeiros documentos do Executivo Federal orientando sobre essa questão, uma inovação que pode ser utilizada inclusive para a regulamentação da IA no Brasil”, completou.


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Na prática, o framework servirá como roteiro de perguntas que uma equipe de projeto de IA precisa responder para, por exemplo, garantir que a solução não prejudique direitos fundamentais dos cidadãos. O processo funciona em duas etapas principais:


1. Avaliação de Riscos: a equipe responde um questionário rápido para identificar o nível de risco do projeto de IA. Com base nas respostas, o sistema é classificado em risco Baixo, Médio, Alto ou Excessivo (nesse caso, a sugestão é interromper o projeto para reavaliação).


2. Questionário Principal: Dependendo do nível de risco encontrado na etapa anterior, a equipe é direcionada para um questionário mais detalhado.


Ao final, a ferramenta gera um relatório que oferece recomendações práticas para aprimorar os pontos identificados e sugere cursos e materiais de capacitação. O objetivo é estimular as equipes a refletirem sobre os impactos de suas soluções de IA, preferencialmente antes da sua adoção no serviço público.


Atualmente, o framework ainda está em sua versão beta, mas já pode ser usado em caráter de teste. “Por enquanto, estamos buscando amadurecer a ferramenta e, aqui no MGI mesmo, também vamos aplicá-la em algumas soluções de IA do governo” explicou o secretário de governo digital. Ele ainda ressaltou que esse framework foi construído com base em boas práticas internacionais e considerando as discussões atuais do PL 2.338/23.


PBIA e IND


O framework de autoavaliação de impacto ético de soluções de inteligência artificial é um projeto da Secretaria de Governo Digital (SGD) do MGI que se insere em uma iniciativa maior: o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Lançado em julho de 2024, esse plano prevê o investimento de mais de 23 bilhões de reais em quatro anos.


O objetivo do PBIA é tornar o Brasil um modelo global de eficiência e inovação no uso de IA no setor público. Para isso, serão desenvolvidas soluções que melhorem significativamente a oferta e satisfação das pessoas com os serviços, com impacto no desenvolvimento e inclusão social.


O eixo três do PBIA trata da adoção de IA nos serviços públicos e prevê um investimento de cerca de R$ 1,76 bilhão. Os projetos ligados a esse eixo, como o framework recém-lançado, também fazem parte de uma inciativa que busca aumentar a segurança, a interoperabilidade e melhorar o uso de dados do governo federal, a Infraestrutura Nacional de Dados (IND).


Também conhecida por “base de dados do Brasil”, a IND é um conjunto de normas, políticas, arquiteturas, padrões, ferramentas tecnológicas e ativos de informação que visa promover o uso estratégico dos dados em posse dos órgãos e das entidades do executivo federal para ampliar a cidadania com transparência e segurança e facilitar o acesso a benefícios sociais e serviços públicos, com foco no lema “um governo para cada pessoa”.


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Fonte: Site do MGI (gov.br/gestao)

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